terça-feira, 4 de abril de 2017

1, 2, 3 Testando~




Hm, então estamos de volta. O lado ruim de ter blogs em duas plataformas é que eu não sei qual quero usar no fim das contas -___-
Essa é uma postagem de teste porque passei tantos anos longe disso aqui que nem sei mais mexer em nada. Aliás, eu nem deveria estar aqui porque hoje tenho duas provas fudidas de genética e biologia molecular e deveria estar estudando ao invés de perder tempo online D: Mas eu precisava testar como iria ficar o blog com esse novo tema e como a colocação de imagens ficaria no final XD


Hmmmmmmm não tenho muito o que dizer a não ser que estou com saudades de Haikyuu e quero logo uma 4 temporada e preciso de um capítulo do mangá sendo lançado POR DIA porque eu não aguento essa ansiedade de ter que esperar uma semana para cada capítulo não. Eu já sou cardíaca e o Furudate faz questão de terminar os capítulos de um jeito que me dá uns coisos por dentro porque eu quero sempre mais ;___;

Enfim, vamos terminar a divagação de teste por aqui, obrigada por ler esta inutilidade até aqui e até a próxima.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Mini Maratona Literária

A Mini Maratona Literária consiste em 1/4 de uma maratona Literária de 24 horas, isto é, encurtei o período para 6 horas de leitura. Primeiro porque estava enferrujada pois fazia muito tempo que não lia por um longo período e segundo porque era o tempo que eu tinha disponível.

Comecei as 14 horas e fui até as 20 horas. Só fazendo intervalos para ir ao banheiro e fazer um chá.

Meu objetivo era:
- 1 conto de Machado de Assis
- 30 páginas de O Escaravelho do Diabo
- 20 páginas de I, Robot (versão infantojuvenil em inglês)
- 1 capítulo de O Mundo de Sofia
- 40 páginas de Peter Pan
- 1 capítulo em inglês de Orgulho e Preconceito e o mesmo capítulo em português (minha edição é bilíngue)

Meu progresso e Anotações a cada 2 horas de leitura


2 Horas de Leitura Completas

Li um capítulo de O Mundo de Sofia que tratava sobre o filósofo Kierkegaard. Achei maçante mas ao mesmo tempo interessante. O que mais me marcou foi o autor ter usado Alice no País das Maravilhas e frascos vermelho e azul para explicar filosofia. Um era sobre o panteísmo no qual você a vida como um ser coletivo e o outro sobre o individualismo, no qual cada ser é único.

Li 40 páginas de Peter Pan e fui introduzida no universo da família de Wendy. Curiosamente as crianças eram criadas por uma cachorra chamada Naná. Não gostei do pai por ser um personagem muito carente de atenção, infantil e orgulhoso. No momento em que parei as crianças haviam acabado de desaparecer do quarto.

Iniciei a leitura de O Escaravelho do Diabo mas ainda não atingi a meta de ler 30 páginas. Li até o momento 18 páginas. Alberto é um médico que, inconformado com a morte bizarra do irmão, resolve investigá-la. O irmão de Alberto morreu esfaqueado no coração após ter recebido um escaravelho como presente. Gostei muito do personagem de Alberto, por ser alguém curioso, que se preocupa com coisas além das aparências numa mulher e que também é uma pessoa intuitiva "Meu sexto sentido não me engana. Quando uma pessoa tem algum traço qualquer de caráter muito pronunciado - seja bondade, inveja ou sensualidade, por exemplo, isso transparece na fisionomia. Há como que uma "emanação" da personalidade, que os "sensíveis" logo percebem."

4 Horas de Leitura Completas

Finalizei e trago outro trecho de Escaravelho do Diabo que achei magnífico!
"O moço tinha forte atração pelo mistério, e a Medicina frequentemente lhe fazia lembrar um verdadeiro romance policial."
"Sim, era preciso auxiliar o órgão atacado, descobrir o "culpado" através dos "vestígios" deixados, e depois guerreá-lo, vencê-lo, custasse o que custasse. Era preciso dominar a grande inimiga, a Morte, combatendo os seus cúmplices, aqueles terríveis seres minúsculos e invisíveis: os micróbios e os vírus. E havia também uma razão mais forte e mais profunda para que o moço gostasse da Medicina: ele sentia que a carreira o punha em contato com o sofrimento humano, proporcionando-lhe oportunidades de aliviá-lo. Sabia que era essa a mais íntima alegria que uma criatura pode ter, e que a dor deixa de ser triste quando nos aproximamos dela para a suavizar."

Conto de Machado de Assis: Machete
Esta é, provavelmente, a terceira vez que leio esse conto do Machadão. Conta a história de um músico que tocava violoncelo. Sua vida muda depois de um encontro com um tocador de machete. É angustiante ver como o personagem carece cada vez mais de amor próprio e autoestima, sempre se comparando com o tocador de machete. Apesar de ser bom tocando violoncelo, os sentimentos que ele transmite no público são de melancolia, ao contrário do machete, que transmite alegria e faz as pessoas vibrarem e dançarem. Aquele ditado "a grama do vizinho é sempre mais verde" encaixa-se perfeitamente à essa história. O final é abrupto e me pega sempre de surpresa, recomendadíssima a leitura desse conto.

6 Horas de Leitura Completas

1 capítulo de Orgulho e Preconceito em inglês e 1 capítulo (o mesmo) em português. A mãe da Lizzy e da Jane é muito esperta, sabe manipular a situação de forma hábil a convergir com seus interesses. Neste capítulo Jane está doente e na casa do Sr. Bingley e a mãe faz-lhe uma visita. A menina nem está tão doente assim, mas a mãe faz um pequeno drama e prolonga a estadia da moça na casa da família rica. Dessa forma Jane e o Sr Bingley podem se tornar cada vez mais próximos ao passar tanto tempo juntos. Lizzy, que faz companhia à irmã, está deixando cada vez mais sua personalidade atrevida transparecer e percebe-se que o Sr. Darcy está cada vez mais interessado nela, visto que as irmãs do Sr. Bingley queriam falar mal de Lizzy e sua família mas o Sr. Darcy recusou-se a acompanhar tal reunião.

Meta era ler 20 páginas de I, Robot de Isaac Asimov, uma versão infantojuvenil que peguei emprestada do meu primo em inglês. Acabei lendo 40 páginas facilmente. Entrei em contato com 3 histórias até o momento e que mais gostei foi a primeira. Trata-se de um robô chamado Robby que não falava e servia como babá de uma menininha chamada Gloria. A pequena adorava o robô, brincava com ele durante horas e contava-lhe histórias. O robô, por sua vez, mesmo não sendo capaz de falar, entendia a menina e lhe dava todo amor e atenção necessários. A mãe Grace, todavia, tinha aversão ao robô e do perigo que ele representava. Por causa disso convenceu o marido a livrar-se do robô e, como consequência dessa ação, a filha o casal tornou-se infeliz e perguntava constantemente sobre Robby. A sutileza dessa história me cativou e fiquei rapidamente apegada ao Robby também. O final dá um pequeno susto no leitor, mas é maravilhoso.

Acho que essa maratona foi um sucesso! Além de conseguir cumprir minha meta que, de início eu duvidava que fosse conseguir completar, ainda li +20 páginas! É uma saída para quem tem um tempo apertado mas quer dedicar à leitura. Pode ser facilmente aplicada em finais de semana por qualquer pessoa. Gostei tanto dela que vou tentar novamente em breve. Os únicos livros que já estavam em andamento eram O Mundo de Sofia e Orgulho e Preconceito, o resto eu comecei hoje mesmo.

O saldo de páginas lidas foi: 139 páginas.

Caramba, achei que ia ser mais D: mas pra quem estava enferrujada acho que até que foi um bom progresso.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MARATONA LITERÁRIA DE CARNAVAL!




Estava vendo o novo vídeo da Ju, do canal Nuvem Literária, sobre como ela vai passar a semana de carnaval e resolvi participar da Maratona Literária que ela e sua amiga Thaís, do canal Pronome Interrogativo, estão organizando.

Se você é uma pessoa caseira como eu, que prefere passar o dia em casa rodeada de livros e com um chazinho na mão e não curte a folia muvuca do carnaval, então participe também da maratona! :D 

Basta seguir os passos abaixo e boa leitura!

Meus livros:
- O Chamado do Cuco, de Robert Galbraith
- Liberdade de Expressão, de Carlos Heitor Cony, Heródoto Barbeiro e Artur Xexéo
- Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconselos




INÍCIO: 00:01 do dia 14/02 (sábado)
TÉRMINO: 11:59 do dia 18/02 (quarta-feira de cinzas)

META DE LEITURA: cada um estipula os livros/páginas que quer ler nesse período.

PARA PARTICIPAR:

► Fazer um post (se não tiver blog, pode ser no facebook) ou vídeo informando que vai participar da Maratona, falando sua meta e colocando link para o post/vídeo de pelo menos uma das organizadoras da Maratona.

► Preencher o formulário com seus dados: http://goo.gl/forms/O7fLLhBVHU

E só! É só seguir as regrinhas acima e usar a hashtag: #MLCarnaval nas redes sociais pra gente acompanhar o progresso de vocês!

[MustSeeIt!] Be The Change.

Eis que eu estava vagando pelas internet e me deparei com uma notícia sobre Austin Wallis, de 17 anos, um aluno aplicado e adorado por professores e colegas que foi convidado a sair da escola católica em que estudava. O motivo? Ele é gay. Basicamente, segundo conta, o diretor da Luteran High North, em Houston, no Texas (EUA) chamou os pais seus pais e disse que o garoto só poderia continuar na escola se voltasse para o armário e se desligasse de suas contas em redes sociais.

No vídeo fala sobre professores e colegas que o apoiaram frente à polêmica decisão do colégio e como ele se surpreendeu com a atitude do diretor:

"Quando eu sai do armário, eu sabia que haveria bullies...mas eu nunca esperei que essa atitude viesse daqueles que deveriam me proteger dos bullies"

Agora eu pergunto: em que século estamos mesmo? É como já dizia Einstein:

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."

É por isso que eu odeio pessoas intolerantes. É por isso que eu acredito que misturar religião e política não dá certo (seja qual for a religião). Tenho aversão ao cristianismo com poder político porque podemos vivenciar um novo massacre como se houvesse uma Cruzada Contemporânea. Tenho pavor do islamismo no poder igualmente pelos mesmos motivos. Aliás, qualquer religião/cultura que pregue a supressão de outra religião ou cultura pra impor a sua, tem o meu repúdio.

Sou a favor do direito de dizer não. Não quero fazer parte da sua religião. Não quero fazer parte da sua cultura. Não quero ser oprimido pela sua sociedade. Não quero ser agredido por minha orientação sexual. Não quero ser linchada por ser a favor da mulher ter o direito de não querer ter um filho. 

Sou a favor do do direito de poder dizer sim e não. Odeio qualquer tipo de pensamento que obrigue alguém a aceitar uma única coisa e não poder escolher a outra alternativa. 

Será que o ser humano não consegue enfiar na cabeça que a crença é volúvel? Que ela pode mudar de tempos em tempos e que por isso é abominável matar a torto e a direito pelo simples fato de existir discordância de opiniões?

Meu sangue ferve, borbulha e quase explode quando vejo esse tipo de atitude. Por que é tão difícil aceitar e respeitar aqueles que são diferentes? Se você tem aversão então se afaste, mas JAMAIS agrida alguém por isso. É chocante o quanto algumas pessoas tem um pensamento tão primitivo, ignorante. 

Pra mim, amor é amor e ponto final. Argh, como me revolto com essas injustiças. Sinto muito pelo desabafo mas não suporto os intolerantes. 

Deixo vocês com o vídeo e promovo essa reflexão: o mundo seria mesmo melhor se só houvesse uma forma de pensar? Se seguíssemos o que ditam os livros sagrados? Bom, eu acho que não. 



domingo, 1 de fevereiro de 2015

[MustSeeIt!] Sweatshop - Deadly Fashion

Eu não sabia como chamar atenção para isso, então criei a tag MustSeeIt! O objetivo é que você, assim como eu e os participantes dessa história, reflita sobre a mensagem por trás do vídeo. Pretendo trazer outros que de alguma forma me marcaram e fizeram com que eu refletisse mais sobre tudo à minha volta. 

Acredito que esta é uma grande forma de amadurecimento pessoal e possibilita ainda que mudemos nossas futuras ações de forma que sejamos menos individualistas e pensemos mais no próximo. E não digo isso com base religiosa. Não tem nada a ver com religião x ou y. É simplesmente compartilhar para que cada um torne o planeta um lugar melhor. (: A mudança não vem de forma explosiva. E quando vem, geralmente também termina de forma explosiva. A duradoura, na maioria das vezes, é aquele pequeno sussurrar de pessoa pra pessoa que pode conquistar multidões, por gerações, e trazer dias melhores.

Bom, dito isso apresento-lhes Sweatshop -  Deadly Fashion. 



Esse pequeno documentário composto por 5 vídeos de cerca de 10 minutos mostra 3 blogueiros (Frida, Anniken e Ludvig) de moda da Noruega, se eu não me engano, que são levados para o Camboja para vivenciar o dia a dia dos trabalhadores das fábricas têxteis durante um mês. A euforia é brutalmente substituída por um choque sem volta. 

Esse documentário deixa claro o que está por trás das grandes empresas de moda ao redor do mundo: mão de obra escrava. Vivendo em condições insalubres, com extensas jornadas de trabalho, se deslocando em caminhões estilo pau-arara sem o mínimo de segurança, essas pessoas ainda são fortemente reprimidas quando realizam manifestações exigindo um aumento de salário para que possam "viver melhor". Se é que isso pode ser chamado de vida....está mais para sobrevivência. 




A sacada do documentário está em justamente tirar as pessoas da bolha em que vivem e mostrar-lhes a realidade. Uma das cenas que me chocou foi quando uma das meninas, Frida (a ruiva de olhos claros), disse que aquelas pessoas deviam estar felizes pois estavam acostumadas àquela situação de vida. Eu juro que levei alguns segundos para processar esse comentário e tive que voltar o vídeo mais 3 vezes para aceitar que de fato eu havia ouvido certo. Depois veio a minha indignação: COMO ASSIM???? Só porque essas pessoas não tiveram condições de ter certos "privilégios", como boa educação e alimentação, elas não tem a capacidade de sonhar com uma vida melhor?? 



Depois achei que talvez eu pudesse estar exagerando na minha interpretação mas conforme o documentário prosseguia eu descobri que não exagerei tanto assim. De fato existem pessoas com esse tipo de mentalidade. Infelizmente parece que a sociedade está perdendo sua "humanidade". 

Ao final do documentário, entretanto, me veio aquela luz no fim do túnel. Esses 3 blogueiros perceberam o quão errônea era sua visão sobre isso e que atrocidades milhares de pessoas precisavam sofrer para que uma pequena elite pudesse ter todo o conforto do mundo aos seus pés. Espero que eles espalhem a lição que aprenderam e esse é também meu objetivo ao publicar esse post aqui. 




Link do site para ver os 5 episódios legendados em inglês: http://www.aftenposten.no/webtv/serier-og-programmer/sweatshopenglish/

[Animação] Partly Cloud



Oi pessoal! Dessa vez trouxe uma animação curtinha dessas que passam antes do filme começar de fato. Essa eu particularmente adoro! Como não amar a relação entre essa cegonha e essa nuvem? <3

A maioria dos vídeos que encontrei eram editados com novas trilhas sonoras e eu estava empenhada em encontrar a versão original. O jeito foi recorrer ao vimeo pois o youtube me deixou na mão dessa vez. :/

Enfim, a história é singela e mostra o poder de uma amizade. Apesar de todas as feridas que possamos adquirir, o carinho que sentimos pelo outro sempre dará um jeitinho de fazer com que a situação se resolva. Sem mais delongas então!



Partly Cloudy from eminakaya on Vimeo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

[Resenha] Cidades de Papel - John Green



Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 368

Sinopse: Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.

Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Quentin vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.


Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um. (página 16)
Cidades de Papel foi o primeiro livro de John Green que eu li e por isso ainda não posso fazer comparações com suas outras obras. Contudo, sei que alguns personagens possuem características semelhantes com outros de outra obra. Por exemplo, a Margo que muitos dizem se parecer com a Alasca de "Quem é você, Alasca?". 

John possui uma habilidade com as palavras admirável. Fiquei absorvida durante quase toda a leitura e me encantei com alguns personagens. Primeiramente, com Quentin Jacobsen. O garoto nerd e "invisível" que nutria uma paixão por sua vizinha e amiga de infância, a popular Margo Roth Spiegelman. Ele acreditava que era acomodado, gostava de rotinas e que gostava do tédio. 


Gostava de sentir tédio. Não queria gostar, mas gostava. E assim, o cinco de maio que poderia ter sido um outro dia qualquer - até pouco antes de meia-noite, quando Margo Roth Spiegelman abriu a janela sem tela do meu quarto pela primeira vez desde que me mandara fechá-la nove anos antes. (página 32)

Ao longo da história, conforme Quentin investiga o paradeiro da amiga, ele vai descobrindo muito sobre si mesmo e sobre os outros ao seu redor. Descobre ser capaz de realizar feitos que jamais imaginaria poder fazer um dia e vive um prato cheio de aventuras que renderá boas recordações futuramente. 

Acredito que Cidades de Papel é um livro bastante subjetivo e reflexivo e justamente por isso grande parte das pessoas o tenha achado chato e cansativo. Talvez seja preciso um olhar mais maduro para conseguir ver as entrelinhas e identificar-se com os personagens. É definitivamente um dos livros de que mais gostei até agora, muito envolvente! XD

[Resenha] Vidas Secas - Graciliano Ramos



Título: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos
Editora: Record
Número de páginas: 174

Ok, vou ignorar o fato de fazer mais de 1 ano que não posto nada por aqui. hehe :x 

Tenho problemas com começar projetos e acabar desistindo deles logo depois de começar D: Mas esse ano as coisas vão ser diferentes!


O blog foi criado com o intuito de aprimorar minha escrita e minha capacidade de análise então acho que começar com resenhas de livros é uma boa ideia. O problema é vencer essa preguiça que suga minhas iniciativas kkkk


Então vamos lá. Trouxe a obra do famosíssimo Graciliano Ramos, autor brasileiro e de grande destaque na 2a fase Modernista, também conhecida como Regionalista. 


Sinopse: A história é sobre uma família de retirantes (Fabiano, Sinhá Vitória, Menino Mais Velho, Menino Mais Novo e Baleia, a cachorra) que está sempre fugindo da seca. Esta, por sua vez, promove uma desumanização das personagens, cuja expressão verbal é quase tão estéril quanto o solo castigado da região. A miséria causada pela seca, como elemento natural, soma-se àquela causada pela influência social, representada pela exploração dos proprietários de terra da região. 


Uma implicação dessa vida nômade dos sertanejos é a fragmentação temporal e espacial. Graciliano Ramos conseguiu captar essa fragmentação na estrutura ao utilizar um método de composição que rompia com a linearidade temporal, comum nos romances do século XIX. Os capítulos são relativamente independentes e, por isso, a obra também é conhecida como um "Romance Desmontável".


O narrador utiliza-se do discurso indireto livre e, desta forma, consegue ter acesso aos pensamentos das personagens, uma vez que os diálogos são escassos e muitas vezes não passam de grunhidos. Isso também provoca um outro efeito: o leitor sente uma maior proximidade com a vida dos personagens e suas angústias. 


Fabiano, pai dos meninos, sabe sobre sua condição "inferior" aos homens que conhecem as palavras. Nega a si mesmo a condição de homem e afirma sua condição de bicho. Mas isso não é de todo ruim pois, segundo ele, somente como bicho é capaz de sobreviver às condições severas da região. Prefere viver isolado das outras pessoas pois sente que sempre está sendo roubado ou explorado porque não sabia lidar direito com as palavras e nem com números. Sua descrição física é como o próprio local em que vive: cabelos e barba ruivos como a terra e olhos azuis profundos como o céu. 


Sinhá Vitória é robusta e forte. Seu sonho era ter uma cama de couro para dormir e odiava a cama de varas que possuíam. Fabiano sempre elogia a inteligência de sua mulher, tanto com os números que ela sabia contar como também sua visão sobre o que acontecia ao redor. Por exemplo:
 "O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado!" - capítulo: O Mundo Coberto de Penas. Fabiano acreditou que a mulher estava tresvairando (enlouquecendo) mas, após refletir por um tempo, percebeu a genialidade daquele comentário. Sim! As aves de arribação estavam matando o gado por roubarem a água que eles bebiam! 

Ps.: Ao meu ver, apesar de alguns desentendimentos, Fabiano e Sinhá Vitória possuem um relacionamento de respeito e admiração mútuos. (Fofos!)

Menino Mais Velho, assim como o pai, queria conhecer o significado das palavras. Custou-lhe acreditar que uma palavra tão bonita como Inferno pudesse significar algo tão horrível. 


Menino Mais Novo admirava o pai e queria ser um vaqueiro tão bom quanto ele.


Baleia é sem dúvidas a personagem mais queridinha do livro! A cachorrinha é provavelmente a personagem mais humana da história: procura ajudar a família em momentos de dificuldades e contenta-se com os ossos que sobram e alguns afagos que ganha dos meninos. Seu capítulo é, com certeza, o que mais comove o leitor.


Enfim, não achei a escrita enfadonha/cansativa e a narrativa foi bem prazerosa. Provavelmente é por causa do próprio estilo de Graciliano "A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer." Recomendo a leitura desse clássico brasileiro para ampliar sua visão de mundo, assim como aconteceu comigo!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Let's Start!

Sempre tive esse "projeto" em mente: criar um blog e usá-lo como diário. Mas conforme você vai crescendo, descobre que escrever é uma ferramenta mordaz, se usada da forma certa. O problema é que não é nada fácil obter domínio sobre a arte da escrita e ainda por cima ser capaz de persuadir o leitor.

No meu caso, sempre gostei de escrever redação. (Afinal, sempre tirava 10, huhu) Mas aí você cresce e o mundo fica mais exigente, principalmente do Ensino Médio em diante. Milhões de coisas para aprender e provas para fazer, fora as redações de vestibulares. (Ugh)


Eu nunca tive um espírito crítico, mas descobri que ele é realmente necessário. Tanto para passar num vestibular, quanto para discernir entre as pessoas ao seu redor, quem vale a pena e quem não, quem mente o tempo todo e quem diz duras verdades. Fora isso, ele também é necessário para que a pessoa tenha uma noção de como é a situação mundial a partir de buscas e opiniões próprias e não vire uma simples marionete que só repete o que dizem os jornais.


E foi por isso que decidi finalmente criar um blog :D Aumentar minha capacidade de escrita, melhorar meu espírito crítico e tagarelar sobre tudo e qualquer coisa que me der na telha. :B


Ah sim, outra coisa que veio na onda desse projeto foi retomar meu amor por design. Um tempo atrás eu participava de fóruns de animes e afins e ficava na parte de design, fazendo avatar e sign para o povo de lá usar. Falando nisso, foram bons tempos... Pretendo falar um pouco do choque que tive ao sair do Photoshop CS2 e entrar de cabeça no CS6. Muitas frustrações até hoje!


Então, fora o ato de escrever, espírito crítico e brincar no Photoshop, sobre o que mais posso falar? Livros!


Sim, livros! Acho que sou uma Bookaholic! :3


Para quem não conhece o termo, assim como Workaholic é uma pessoa viciada em trabalho e Chocoholic é o chocólatra. Bookaholic seria alguém viciado em livros. Ok, não sei se a expressão realmente existe em dicionários e afins, mas ela é popularmente usada e acredito que não demore muito para ser incluída.


Por isso, livros serão um tema constante aqui. Aliás, o próprio nome do blog indica que aqui, querido leitor, você encontrará tudo pelo qual eu tenho um certo....vício. 


Ah sim, você deve estar se perguntando o que seria "Sakimi", certo? Bom, é meu apelido já faz alguns anos. O engraçado é que ninguém lembra direito da história, nem a própria criadora, mas eu lembro e ninguém acredita em mim porque o motivo era realmente um tanto quanto...bobo? Talvez. Mas acredite, eu nunca vi dessa forma. Pelo contrário, fez com que eu me sentisse "querida" e todo mundo gosta dessa sensação, não é? Ele surgiu a partir do meu nome japonês (sim, sou descendente de japorongas! ;D) que é Saori. 


Com certeza várias pessoas já me chamaram de Saori Kido, deusa Atena e etc. Para quem ficou "boiando", recomendo que vá assistir Cavaleiros do Zodíaco! (um anime que passava na tv, inclusive) Enfim, "Sa" veio de Saori. O resto não me pergunte porque eu não sei até hoje e acho que ninguém nunca saberá! 


O mais cômico nessa história toda, é que os pais dessa minha amiga que criou o apelido, me conhecem por Sakimi e esquecem frequentemente meu nome verdadeiro. Muitas pessoas me chamam assim e por isso muitas outras pessoas pensam que esse é o meu nome, mas não é! E quando descobrem a verdade ficam com aquela cara super engraçada de choque e repetem "Não é?? Tem certeza? Como assim? Sempre achei que fosse seu nome!!". Já me falaram para ir ao cartório e trocar Saori por Sakimi porque combina mais comigo! HSAUHSAUSHAHUAHS XD


Mas gosto do meu nome, afinal, vocês acham mesmo que vou abandonar meu posto de deusa? Pfff! Sonhem! Sou eternamente diva, ok? (sóquenão)



O Blog.

O ruim de você ser uma pessoa perfeccionista, é quando isso inclui o design de alguma coisa. Neste caso, o design do blog. Acho que perdi mais tempo escolhendo o site de hospedagem (Blogger ou Wordpress) para ter uma maior liberdade de decidir como tudo seria do que propriamente escrevendo este texto. Depois perdi mais um tempo grande escolhendo o tema. Porque não quero ter que ficar procurando tudo de novo e porque a variedade de temas hoje em dia é monstruosa e aí você fica em dúvida entre pelo menos 7. É, antes fosse brincadeira, mas não é. O nome também, putz, como deu trabalho. 
Sou uma pessoa que gosta de design mas não é criativa. 

Fazer introdução é sempre complicado. Nunca sei o que dizer. Mesma coisa quando as redes sociais pedem para você fazer uma breve descrição sobre quem é você. Por isso, prefiro deixar uma citação aqui.

"Aquele que tem por vício a leitura, droga alucinógena das mais leves, acabará cada vez mais dependente dela. E o pior, passará para drogas mais pesadas, como a escrita. Nesta fase crítica, o leitor, agora escritor, tende a fugir regularmente da realidade e ter devaneios de que, assim como Deus, é criador de Universos inteiros." Jefferson Luiz Maleski


E esse universo é impossível de ser demonstrado em apenas uma breve apresentação. Então convido você, meu querido leitor, à acompanhar-me enquanto lhe abro meu humilde universo. :D